A policia estava na minha casa para
relatar o terrível acontecimento da tarde passada, sobre a morte do meu pai
Ronaldo. O policial disse:
-Conte tudo o que você sabe.
-Olá eu me chamo Elena, e esse é meu
irmão Carlos, vou contar tudo o que aconteceu. Éramos uma família muito feliz e
éramos uma das mais ricas, composta por quatro membros, eu, meu irmão Carlos, o
meu pai Ronaldo que tinha uma doença grave e tinha que beber vários remédios, e
minha mãe que veio á falecer á dois anos atrás.
Tudo começou quando na tarde passada, eu fui ao quarto do meu pai, e ele
estava deitado e paralisado com os olhos abertos. Eu lembro que tinha dito: -
Papai, papai...
E
ele persistia há não me responder, toquei em seu pulso e... Baixei a cabeça,
comecei a derramar lagrimas na minha face, e com pena policial disse:
-Eu sinto
muito, mas se você não quiser continuar tudo bem.
E Carlos disse:- Eu termino de contar
Elena.
Eu
enxuguei as lagrimas com as mãos e disse:
-Eu termino. Como tinha dito, toquei em
seu pulso e não estava, mais batendo, Carlos chamou a ambulância, logo depois
os médicos deram a terrível noticia que nosso pai havia falecido...
-E o que os médicos disseram sobre a
causa da morte? Perguntou o policial curioso com a história.
E meu irmão respondeu:- Eles disseram que
ele havia morrido de intoxicação de remédios.
O policial anotou em seu caderno e
disse:- Mas foi ele quem bebeu todos esses remédios?
Eu respondi:
-Não, os médicos disseram que em sua
barriga continha remédios diferentes do que os que costumava beber. Ele disse
também que poderia ser um assassinato, pois seu corpo estava com uma grande
quantidade de remédios, e essa quantidade só poderia entrar em seu organismo
através de uma seringa.
-Quais foram os remédios aplicados em seu
pai?-Perguntou o policial.
Respondeu meu irmão triste:
-Pelo o que os médicos relataram, foi o
remédio ansiolítico.
-Hum... Então pode ser um assassinato.
Mas para uma pessoa matar desse tipo, é preciso ser muito inteligente ou
conhecer bastante de remédios.
Eu olhei para Carlos e ele para mim, e
naquele momento ele estava branco e pasmo, o policial me perguntou:
-Alguém de sua família estuda medicina?
Eu fiquei em silêncio, mas Carlos
respondeu:
-Sim, eu estudo medicina, mas o senhor
não está pensando que...
O policial interrompeu dizendo:
-Eu não estou acusado
ninguém.
Meu irmão suspirou... E o policial
continuou a dizer:
-Eu posso investigar a casa?
-Claro que sim. -Eu respondi.
-Eu te mostro os cômodos, aliás, não
tenho nada a te esconder. -Disse Carlos.
O
policial foi até o quarto do papai, e começou a analisar detalhes por detalhes.
-Vocês ouviram alguma coisa estranha ou
algo parecido?-Perguntou o policial.
Respondi:
-Não.
E
Carlos confirmou balançando a cabeça. O policial viu rastos de sapatos no chão,
pegou sua lupa que estava em seu bolso, e seguiu os rastos, onde deu no quarto
ao lado.
-De quem é esse quarto?E de quem é essa
bota?
Carlos engoliu a saliva e levantou o dedo
dizendo:
-Esse quarto e meu, e a bota também. Mas
faz messes que não uso essa bota, e nem sei o que ela faz aqui.
-Vamos para o quarto do crime. Disse o
policial.
Ele olhou em baixo da cama e viu que lá havia
uma bolsa, pegou-a e disse:
-Essa bolsa é de quem?
Eu
e Carlos ficamos em silêncio, e o policial disse novamente e, mais alto:
-De quem é essa bolsa?!
Eu e Carlos persistíamos há não responder,
o policial brutamente falou:
-Se vocês não responderem de quem é essa
bolsa, vocês dois irão para a delegacia!
-Essa bolsa é de Carlos. -Eu disse, pois
não queria me envolver em encrenca.
-Sim ela é minha, mas ela estava em meu
quarto. -Disse Carlos.
O policial abriu a bolsa onde havia uma
seringa usada e, do lado havia também um vidro de remédio ansiolítico vazio,
ele disse:
-Essa seringa está usada, ela poderia
muito bem ter matado o seu pai com esse remédio.
Carlos confuso disse:
-Seu policial, você não está pensando
que...
O policial o interrompeu e disse:
-Tem bastante evidencia que comprova que você matou o senhor Ronaldo.
-Não seu policial!Não
fui eu!
O policial fechou a cara e disse alto:
-Você esta preso!Em nome da lei...
Eu disse chorando:
-Não, meu irmão não!Ele não seria capaz
de fazer isso!Ele não teria coragem de matar o nosso pai.
O policial pegou a algema e prendeu os braços
do meu querido irmão.
Carlos disse assustado:- Me solta!Eu não
sou o culpado...!
E fomos para perto da porta, o policial disse:
-Abre, por favor, a porta para mim
Elena.
Eu disse triste:
-Claro seu policial.
Abri a porta e o policial passou, eu
disse:
-Deixa-me despedir do meu irmão.
-Ta, mais ande logo. -Disse o policial.
-Você acredita em mim Elena?
Eu o abracei e falei baixinho no canto de
seu ouvido:
-Lógico que eu acredito em você, aliás,
quem matou o papai fui eu...
Confuso meu irmão disse:
-Como é que é?
-A herança do papai e só minha... -Eu
falei.
O policial puxou o braço do meu irmão e
dizendo:
-Vamos logo...
Quando eles chegaram perto da viatura,
Carlos gritou bem alto:
-Foi ela policial!Ela quem matou nosso
pai!
O policial
nem deu assunto. Enxuguei as lágrimas, e dei uma risada falsa e maligna,
balançando a mão eu disse:
-Tchau maninho... Até mais.
Eu rir e disse: Quer dizer, até nunca
mais...
O policial e meu irmão entraram na
viatura, Carlos não parava de gritar:
-Foi ela policial! Foi Elena, quem matou
nosso pai!
O policial continuava há não dar assunto.
Eles foram para delegacia.
Eu fiquei em frente á minha mansão, e
disse vitoriosa:
- Agora esta mansão é só minha... Só
minha e de mais ninguém... A herança do papai é toda minha.
Eu disse aos quatro ventos:
-Nossa foi tão fácil matar o velho, e
colocar a seringa e o remédio dentro da bolsa do meu querido irmão... Andei
em direção á mansão dizendo: Agora você é só minha... Só
minha...
Meu telefone então tocou, olhei, era uma mensagem com o mesmo número do
celular de Carlos. Eu disse para mim mesmo:
-Que estranha mensagem... Mas Carlos está na delegacia, ou então, ele não
chegou ainda na delegacia.
Eu abrir a mensagem, e li em voz alta:
-Você matou nosso pai, estou sendo preso
por sua causa. Agora só digo, cuidado, por que sua hora chegar...
Dei uma gargalhada e disse alto:
-Você que tem que tomar cuidado!
Joguei o celular no chão, quebrei-o com
meus pés, pisando com força em cima do celular, dizendo com a cara fechada:
-Pode vim, estou mais do que preparada
maninho...